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Histórico


A HISTÓRIA DA ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS foi pesquisada pelo acadêmico Augusto Dias, cadeira 14, por incumbência do presidente da Academia Joseense de Letras, biênio 2016/2018, Héctor Enrique Giana, e se baseia em fontes primárias e secundárias de pesquisa histórica: atas registradas em cartório, documentos emitidos por órgãos oficiais, publicações oficiais, convites impressos, fotos e artigos publicados pela imprensa escrita e inúmeros depoimentos pessoais prestados por quem participou dessa história, de uma maneira ou de outra, conferindo a ela autenticidade e legitimidade.

27/7/1980 - O LANÇAMENTO DA IDEIA DE CRIAÇÃO DA ACADEMIA

O nascimento da ideia de se criar uma Academia de Letras em São José dos Campos aconteceu no dia vinte e sete de julho de mil novecentos e oitenta, no plenário da Câmara Municipal de São José dos Campos, localizada na Praça Afonso Pena, quando se comemorava o ducentésimo décimo terceiro aniversário de fundação de São José dos Campos. Em meio à solenidade em que se prestavam homenagens aos escritores e poetas da cidade com a outorga de um diploma, o prefeito municipal, Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua, “tomado de incontido entusiasmo e ao mesmo tempo tendo diante do seu espírito uma visão panorâmica do que adviria pelo futuro adentro, bradou com todas as energias latentes na interioridade de sua alma, dialogando rapidamente com o professor Domingos de Macedo Custódio” fez uma pergunta-exclamação: “Não seria bom lançar-se a ideia de criação de uma Academia de ‘Letras!?” O professor, tomado também de entusiasmo, disse ao jovem prefeito: “Lance a ideia.” E, de fato, ao assomar à tribuna, o prefeito municipal foi o primeiro a se imortalizar, ao anunciar à seleta assistência ali congregada, o firme propósito de convocar a todos os que laboram no espírito, a se unirem para a fundação da Academia Joseense de Letras. (Ata da segunda reunião da fundação da Academia Joseense de Letras realizada no dia dezessete de novembro de mil novecentos e oitenta, lavrada pelo secretário ‘ad hoc’ Luiz Roberto Calvo e registrada no Cartório do 1º Ofício de São José dos Campos.)

20/10/1980 – O AVANÇO DA IDEIA

No dia vinte de outubro de mil novecentos e oitenta foi realizada a primeira reunião para a fundação da Academia Joseense de Letras, na Sala de Leitura da Biblioteca Pública Cassiano Ricardo, situada à Rua Sebastião Hummel, 110, sob a presidência do professor Domingos de Macedo Custódio, que havia sido incumbido pelo prefeito municipal Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua para proceder aos estudos objetivando a fundação da Academia, “congraçando para esse fim a nata intelectual do município, iniciou a reunião com uma breve exposição dos motivos que levaram o poder executivo a aglutinar as forças vivas da inteligência joseense, todos já bem familiarizados nos centros culturais da cidade pelas belas obras produzidas neste gracioso e pitoresco recanto de nossa pátria.”

“O espírito – asseverou o professor Domingos de Macedo Custódio – supera a matéria. Muitos dos nomes dos grandes cientistas e matemáticos desmaiaram no tempo, mas os dos filósofos, dos artistas consumados, continuam a percorrer a esteira da temporalidade, sempre considerados e estudados com profundo respeito.”

Recordou ainda, em linhas gerais, a maneira como se erigiu a Academia Brasileira de Letras, contando com o concurso das cintilantes cerebrações do tempo – Graça Aranha, Araripe Júnior, Lúcio de Mendonça, Coelho Neto, Alberto de Oliveira, Silvio Romero, Rui Barbosa e tantos outros luminares das letras, entre os quais se distinguia Machado de Assis, “espírito atilado e oceânico no conhecimento da psicologia humana, equiparando-se nesse sentido aos grandes escritores do seu mundo contemporâneo, sendo por isso aclamado por seus pares, o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.”

OS FUTUROS ACADÊMICOS

A ata da primeira reunião para os trabalhos de fundação da Academia Joseense de Letras, realizada no dia vinte de outubro de mil novecentos e oitenta, na Sala de Leitura da Biblioteca Pública Cassiano Ricardo, registra seu início às vinte e trinta horas, sob a presidência do professor Domingos de Macedo Custódio e contou com a presença do Doutor José Lo-Ré, Diretor do Departamento de Cultura, Lazer, Recreação e Turismo da Prefeitura Municipal e também dos intelectuais: Doutor Silvio Marques Neto, Meritíssimo Juiz de Direito da Segunda Vara Cível da Comarca de São José dos Campos; Doutor Hélio Pinto Ferreira, advogado; Doutor Álvaro Gonçalves, advogado; professor Francisco Pereira da Silva, licenciado em letras; professor Jairo César de Siqueira, chanceler da Sociedade Geográfica Brasileira; Doutor Mário Ottoboni, advogado; professor Renato Barreto Ramos, presidente da Sociedade Joseense de Cultura; professor Paulino Rolim de Moura, poeta; Nadir Bertolini, poeta; Luiz Roberto Calvo, bacharelando em Ciências Jurídicas e Sociais; Geraldo Marcondes Cabral, historiador; Elisa Barreto, poetisa e José Diniz Ribeiro de Alcântara, jornalista.

Assim, quatorze intelectuais e um representante da Prefeitura Municipal estiveram presentes à primeira reunião de trabalhos.

A pauta da reunião, cuja data coincidiu com o início das comemorações da Semana Cassiano Ricardo, previa: I) Abertura – rápidas palavras do professor Domingos de Macedo Custódio sobre a fundação da Academia de Letras; II) Palavras do Diretor do Departamento de Cultura, Doutor José Lo-Ré, interpretando o pensamento do prefeito municipal Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua sobre o que representa a Academia de Letras para a vida cultural da cidade; III) Discussão sobre a denominação a ser dada à Academia de Letras; IV) Designação de uma comissão para estudo e aprovação do Estatuto e do Regimento Interno da entidade a fim de submetê-lo à apreciação do prefeito municipal para elaboração do respectivo decreto; V) Designação do dia da próxima reunião preparatória para a fundação da Academia de Letras; VI) Encerramento.

O APOIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AS PRIMEIRAS DECISÕES

26/10/1981 – Solenidade de Posse da Academia Joseense de Letras – O professor Domingos de Macedo Custódio é o 6º à esquerda da foto e o prefeito municipal Joaquim Bevilacqua é o mais alto, mais ao centro. Auditório da Fundação Valeparaibana de Ensino – Praça Cândido Dias Castejón.

São José dos Campos, 26 de outubro de 1.981.
(a) Prof. Domingos de Macedo Custódio

 

Na sequência da primeira reunião, logo após a abertura pelo presidente Domingos de Macedo Custódio, ele passou a palavra ao Doutor Jose Lo-Ré, diretor do Departamento de Cultura para que expressasse o pensamento do prefeito municipal Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua. Ele disse que “Trazia a incumbência de participar deste cenáculo de escritores e o apoio incondicional do prefeito municipal. A semente lançada na egrégia Câmara Municipal na noite de vinte e sete de julho deste mesmo ano, quando da comemoração dos duzentos e treze anos de fundação da cidade, já começou a germinar e produzir saborosos frutos. A Academia de Letras, uma vez criada em breve agasalhará em seu seio os “imortais” joseenses. Acrescenta a esse entusiasmo a palavra do prefeito municipal que interroga: “Se existe a Academia Brasileira de Letras e a Academia Paulista de Letras, porque não a Academia de São José dos Campos?”

Em seguida passou-se à discussão do nome a ser dado à Academia, se municipal ou joseense. O professor Jairo César de Siqueira propôs a denominação de Academia Joseense de Ciências e Letras, justificando ser essa mais moderna e de conformidade com o desenvolvimento tecnológico e científico da atualidade, notadamente por constituir-se São José dos Campos um dos mais avançados da terra, reunindo grandes expressões não só do país, como de todo o mundo.

O professor Francisco Pereira da Silva, muito embora achasse interessante a proposta, opôs-se à ideia, propondo o nome de Academia Joseense de Letras nos moldes das demais do Estado de São Paulo e do país. Colocada em votação após ponderações, o nome proposto pelo professor Francisco Pereira da Silva foi aprovado pelos intelectuais presentes.

17/11/1980 - O ESTATUTO APROVADO DA ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS

Artigo 1º - A Academia Joseense de Letras, com sede em São José dos Campos, tem por fim a cultura da língua e da literatura nacional e funciona de acordo com as normas estabelecidas em seu Regimento Interno.

Parágrafo 1º - A Academia compõe-se de 40 membros efetivos, dos quais 25, pelo menos, residentes em São José dos Campos; membros honorários até 10 nacionais e até 10 estrangeiros; membros correspondentes nacionais em igual número ao dos estados e territórios da Federação e Distrito Federal.

Parágrafo 2º - São considerados membros efetivos natos os intelectuais distinguidos pelo Poder Executivo Municipal em sessão solene realizada na Câmara Municipal a vinte e sete de julho de mil novecentos e oitenta, dia comemorativo dos duzentos e treze anos de fundação da cidade de São José dos Campos, desde que deem seu assentimento por escrito antes da instalação da Academia.

Parágrafo 3º - As vagas restantes dos membros efetivos serão preenchidas nos termos do artigo terceiro deste Estatuto.

Artigo 2º - Só podem ser membros efetivos da Academia Joseense de Letras os brasileiros nos termos do parágrafo primeiro do artigo primeiro que tenham publicado obras literárias ou científicas de reconhecido valor ou que sejam personalidades de grande significação na vida cultural da cidade.

Artigo 3º - Declarada em sessão ordinária a vacância de uma cadeira e decorridos sessenta dias, reúne-se a Academia para eleger o novo acadêmico, dentro das normas fixadas pelo Regimento Interno.

Parágrafo 1º - A eleição será processada em sessão especialmente convocada e à qual compareçam no mínimo dois terços dos acadêmicos efetivos.

Parágrafo 2º - A votação será realizada pelo processo de escrutínio secreto.

Parágrafo 3º - Será considerado eleito o candidato que obtiver dois terços dos votos dos acadêmicos presentes.

Artigo 4º - A administração da Academia compete a um presidente, um secretário geral, um primeiro secretário, um segundo secretário e um tesoureiro, eleitos bienalmente, por escrutínio secreto.

Parágrafo 1º - O presidente dirige os trabalhos da Academia, representando-a em juízo e em suas relações com terceiros.

Parágrafo 2º - Ao tesoureiro incumbe a guarda e a administração do patrimônio social, de acordo com os outros membros da diretoria.

Parágrafo 3º - Ao secretário geral compete substituir o presidente nos seus impedimentos ou faltas, sempre em caráter interino.

Parágrafo 4º - Ao primeiro secretário compete substituir o secretário geral em suas faltas e impedimentos ocasionais.

Parágrafo 5º - Ao segundo secretário compete substituir o tesoureiro em suas faltas ou impedimentos ocasionais.

Parágrafo 6º - Findo o período para que haja sido eleita, a diretoria só pode, sem interrupção, ser reeleita para mais um biênio.

Parágrafo 7º - O prefeito municipal é o presidente honorário da Academia Joseense de Letras.

Artigo 5º - A Academia tem uma comissão de contas composta de três membros e eleita bienalmente, além das demais comissões que sejam criadas pelo Regimento Interno.

Artigo 6º - A Academia funciona com 5 (cinco) membros e delibera com 3 (três).

Artigo 7º - Os membros da Academia não respondem individualmente pelas obrigações contraídas, expressa ou implicitamente, em nome dela, pelos seus representantes.

Artigo 8º - A Academia pode aceitar auxílios oficiais e particulares, bem como encargos que visem ao progresso das letras e da cultura nacional.

Artigo 9º - No caso de extinção da Academia, liquidado o seu passivo, reverterá o saldo que houver, em favor do município de São José dos Campos.

Artigo 10º - A Academia Joseense de Letras está econômica e financeiramente vinculada à Prefeitura Municipal por força da lei que a constituiu.

Parágrafo 1º - Nos termos da lei constitutiva o Poder Público Municipal fica obrigado, anualmente, a incluir em seu orçamento para o Departamento de Cultura, Lazer, Recreação e Turismo, as dotações necessárias ao pleno funcionamento da Academia.

Parágrafo 2º - Pertencerão aos quadros do Poder Público Municipal os funcionários administrativos indispensáveis às atividades da Academia.

Parágrafo 3º - As instalações, a biblioteca, tesouraria e qualquer bem patrimonial da Academia ficam vinculadas ao Poder Público Municipal, conquanto este mantenha as dotações referidas no parágrafo anterior.

Parágrafo 4º - Anualmente, a direção da Academia apresentará proposta orçamentária, planos de atividades e de necessidades, ao Poder Público Municipal, em tempo de inclusão no orçamento para o exercício seguinte.

Parágrafo 5º - Com a proposta referida no parágrafo anterior será também encaminhado o relatório do exercício fiscal findo.

Artigo 11º - Nenhum membro da Academia, ainda que pertencente à Diretoria, receberá qualquer remuneração.

Artigo 12º - Cada cadeira terá um patrono, escolhido pelo seu primeiro ocupante e este será considerado o fundador.

Artigo 13º - Para reforma deste Estatuto ou para a extinção da Academia é necessária uma proposta formulada por escrito por pelo menos um quinto dos membros efetivos.

Parágrafo único – A deliberação a respeito somente será tomada com um intervalo de sessenta dias entre a apresentação da proposta e a sessão especialmente convocada para esse fim.

“Eis aí a transcrição em ata do Estatuto elaborado pelos eminentes intelectuais e juristas, doutores Silvio Marques Neto, Hélio Pinto Ferreira e professor Francisco Pereira da Silva, aprovado com voto de louvor pelos ilustres membros fundadores da Academia Joseense de Letras: Luiz Roberto Calvo, Geraldo Marcondes Cabral, Hélio Pinto Ferreira, Nadir Bertolini, Paulino Rolim Moura, Álvaro Gonçalves, Maria de Lourdes Rodrigues, Elisa Barreto, Mário Ottoboni, Domingos de Macedo Custódio e pelo representante da prefeitura municipal José lo-Ré.”

O Estatuto da Academia Joseense de Letras, aprovado, estava - portanto - pronto para ser encaminhado, juntamente com os elementos históricos de sua formação, à elevada consideração do Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, doutor Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua e posterior encaminhamento para as providências de registro notarial.

A Academia Joseense de Letras viria a ter o registro nº 17.068 em 26/10/1981 no 1º Oficial de Registro Civil de Pessoa Jurídica – São José dos Campos.

CONFIRA O ESTATUTO VIGENTE AQUI.

A REPERCUSSÃO SOBRE A FUNDAÇÃO DA ACADEMIA

Ao abrir a pauta da segunda reunião para fundação da Academia Joseense de Letras, o professor Domingos de Macedo Custódio, que presidiu a reunião, procedeu, preliminarmente, a considerações gerais sobre a repercussão do movimento da imprensa e no consenso da opinião pública “assegurando haver sido a ideia, emanada do chefe do executivo municipal, doutor Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua, recebida, favoravelmente, não só pelos escritores da cidade, como por todo o mundo cultural, pelas instituições de todos os gêneros, pelas entidades de classe e pelos estudantes de todos os graus, ajuntando-se a todas essas manifestações o apoio do povo que luta, que vive ocupado nos escaninhos das fábricas ou nas áreas de circulação da riqueza nacional, isto é, o comércio. Tudo leva a supor tratar-se de uma iniciativa bem aceita pela população, conforme se depreende dos noticiários e comentários da imprensa escrita e oral.”

18/12/1980 – A ESCOLHA DA PRIMEIRA DIRETORIA

Na terceira reunião dos membros fundadores da Academia Joseense de Letras, na Sala de Leitura da Biblioteca Pública Cassiano Ricardo, situada na Rua Sebastião Hummel, 110, o professor Domingos de Macedo Custódio, naturalmente eleito presidente, após rápidas consultas, indicou ad referendum de todos os membros fundadores os membros da diretoria: Mário Ottoboni, secretário geral; Hélio Pinto Ferreira, primeiro secretário; Geraldo Marcondes Cabral, segundo secretário e Nadir Bertolini, tesoureiro.

26/10/1981 – SOLENIDADE DE INSTALAÇÃO DA ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS

CONVITE

Tenho o prazer de convidá-lo e à Excelentíssima Família para a Sessão Inaugural da ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS no dia 26 de outubro de 1.981, às 20:00 horas, no Auditório da Fundação Valeparaibana de Ensino, à Praça Cândido Dias Castejon. No desenvolvimento da solenidade serão investidos nas respectivas Cadeiras os insígnes intelectuais egressos de todas as camadas da laboriosa sociedade, ora integrantes da mais elevada representação das nossas tradições de cultura e espiritualidade.

Certo de contar com o habitual e indefectível apoio a este feito de imortal merecimento para maior grandeza literária da Nação, aproveito a oportunidade para expressar a Vossa Excelência as minhas afetuosas saudações.

Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua
Presidente de Honra

A Solenidade de Instalação da ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS fez parte da programação da Semana Cassiano Ricardo (26/10 a 30/10/1981) e seguiu a seguinte pauta:

Formação da Mesa pelo Diretor do Departamento de Cultura – Oswaldo Martins Toledo

Hino Nacional pela Corporação Musical de Santana do Paraíba

Posse dos Acadêmicos pelo Presidente de Honra – Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua

Oração de Estilo pelo Presidente da Academia – Domingos de Macedo Custódio

Homenagem da Academia ao eminente catedrático de Filologia Portuguesa na Universidade de São Paulo – Francisco Silveira Bueno

Saudação Acadêmica pelo insigne poeta brasileiro – Miguel Jansen Filho

Encerramento pelo Presidente de Honra – Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua

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Foram empossados:

Alberto Renart / Altino Bondesan / Álvaro Gonçalves / Ayrton Aparecido Vilaça / Benedito Moacir de Souza / Domingos de Macedo Custódio / Elisa Barreto / Francisco Pereira da Silva / Geraldo Moacir Marcondes Cabral / Hélio Pinto Ferreira / Jair Aparecido Leite Jairo César de Siqueira / José Ladaga Maymone Neto / José Ribeiro Diniz de Alcântara / José Rosemberg / Maria de Lourdes Rodrigues / Mário Ottoboni / Miguel Jansen Filho / Moacyr Benedicto de Souza / Nadir Bertolini / Neif de Oliveira Matta / Paulino Rolim de Moura / Rosa Kremer / Silvio Marques Neto / Victor Machado de Carvalho

ÍNTEGRA DO DISCURSO DE INSTALAÇÃO OFICIAL PROFERIDO PELO PRESIDENTE DA ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS, DOMINGOS DE MACEDO CUSTÓDIO.

“Lí, algures, haver um escritor, não sei precisar se dinamarquês ou norueguês, relatado um fato curioso a respeito de um campônio que se dirigiu à cidade com o propósito de adquirir provisões para a sua família.

Ao colocar o fardo sobre a cabeça, sentiu não poder levá-lo até a sua aldeia, pelo grande peso e tamanho da carga. Mas, olhando a sua sombra projetada no solo, entusiasmou-se, reanimou-se com a sua grandeza e assim, iludido, foi caminhando até atingir a última colina do percurso, de cujo cimo divisava a sua casinha encravada no seio da floresta.

Nesse momento, o sol a pino, fez desaparecer a sua sombra e ele, em vão, se procurava e não mais se achava. Isto é o que se dá comigo nesta solenidade. Também cheguei a este plenário ilustre, a estas altitudes da inteligência fulgurante dos que se integram na imortalidade, pelos seus indiscutíveis méritos de homens de saber, devotados aos supremos interesses da Pátria.

Tal qual o humilde campônio referido, também me procuro na escalada desta colina de ideal, de onde espreito a pequenina aldeia, para a qual iremos lançar a semente de um dos mais belos cometimentos da vida espiritual desta Cidade. A magnitude intelectual destes preclaros acadêmicos me obnubilou.

Só restaria apelar para os céus, se possuísse a fé valorosa e inabalável de uma figura invulgar do passado histórico da brava gente hebreia – o ínclito general Josué – para solicitar da Providência, como ele, a graça de ver detido por um momento a revolução astral, a fim de que a noite se tornasse maior para festejar tão grande feito histórico, de profundas consequências na elevação espiritual desta operosa e ordeira comunidade joseense.

A evolução deste movimento eminentemente patriótico, encontra suas raízes nas profundidades espirituais de seu povo no dealbar do século XX, agitado pelas conflagrações mundiais e pelas alterações sensíveis nos domínios da ciência e da tecnologia.

São José dos Campos, em virtude da sua privilegiada topografia, viu deparar-se no nascente amplexo orográfico, constituído pelas serranias da Mantiqueira e do mar, o agasalho às grandes modificações climáticas, decorrendo dessa situação a excelência de seu clima, que aos poucos o Brasil descobriu para tratamento de saúde.

Em breve a Cidade se equipara às de grandes altitudes, como Campos do Jordão, e até mesmo às de várias regiões da Suiça, também procuradas pelos benefícios climáticos.

Isso deu à Cidade um meio de ela se tornar conhecida em todo o País. Brasileiros de todos os rincões da Pátria para aqui se dirigiram na esperança de pronto restabelecimento de sua saúde.

Entre a massa de interessados no clima, começaram também a vir médicos, escritores, poetas, políticos, professores, também buscando os benefícios da propalada excelência dos ares de São José dos Campos.

Uma verdadeira batalha se desenvolvia em toda a Cidade, dando a impressão de uma guerra total contra o feroz inimigo – o bacilo de Koch.

Há qualquer coisa de misterioso, que o homem não pode explicar, e talvez nunca o poderá fazer, pelo fato de ser ele mesmo um depois da criação dos corpos siderais.

Exemplificando, atentemos para um acidente militar com enormes consequências no desenvolvimento de uma ciência nova.

Um jovem oficial do exército francês fraturou a coluna, e puseram-no num quarto amplo, deitado sobre uma mesa, com a abertura móvel no teto, de onde ele acompanhava a passagem das nuvens. O jovem, durante uns três anos de imobilidade, tomou nota daquele movimento da natureza, e quando se levantou, cheio de apontamentos diários, era um nome imortal – refiro-me a LAMARCK, iniciador dos estudos meteorológicos.

Se não tivesse ocorrido esse acidente, estaria a Ciência em pleno desenvolvimento como a temos hoje?

Nesta praça de lutas contra o insidioso mal, acorreram para cá homens de todos os quilates, intelectuais que, depois de restabelecidos, desempenharam grande atividade em todos os campos do saber humano.

Nessa luta, muito médicos se notabilizaram, com especial menção, Clemente Ferreira, que daqui partiu em 1.910 para São Paulo; Nelson D’Ávila e Ruy Dória, que representavam duas escolas de tratamento: uma da cura natural, e por isso mesmo de caráter social, e a outra cirúrgica, liderada pelo Doutor Dória, cuja fama tanto de um como de outro caminhava por todo o continente. Entre essas duas correntes se situava a do emprego do pneumotórax por grande parte dos médicos, como Doutor Soares, Doutor Rosemberg, Ivan de Souza Lopes, e outros igualmente notáveis.

Entre essas duas correntes se encontrava um médico, de vocação pouco diferente, o que se percebia através das suas expressões, da manifestação do seu pensamento na pesquisa, no estudo das causas e consequências da doença, que na época se apresentava de forma epidêmica. Sentia-se estar diante de uma estrutura fortemente inclinada para maior conhecimento dessa enfermidade.

E de fato essa personalidade assim se foi revelando no tempo, numa escalada superior e hoje, para honra da ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS, aqui veio prestigiar este cenáculo de homens de pensamento, para colaborar na realização do ideal de engrandecimento deste gracioso recanto de nossa Pátria. Refiro-me ao acadêmico José Rosemberg.

Segue-se a esse movimento de cultura outro de não menos importância, que foi o da instalação por nós, Azevedo Castro, Altino Bondesan, Álvaro Gonçalves, Doutor Barbosa Pereira, todos sob o entusiasmo de Pedro Mascarenhas, prefeito idealista, que se empenhou ardorosamente no desenvolvimento do centro de cultura, que, graças a todos esses homens, e a aceitação do povo da Cidade, levou Amadeu Amaral a consignar em ata da Academia Paulista de Letras que “o Centro de Cultura de São José dos Campos era uma ponta de lança no Vale do Paraíba.”

Oradores como Milliet, Guisard, cantores, poetas, pianistas como Fritz Jank e tantos outros, produziram durante a Administração de Pedro Mascarenhas um monumento de expansão cultural, tudo isso conservado nos anais da história joseense.

Segue-se a criação da COCTA – hoje Centro Técnico Aeroespacial, que trouxe após si um rastilho expressivo e imponente da cultura tecnológica. Era um novo parque onde inteligências do País e do mundo viriam colaborar no progresso intelectual desta Cidade.

Todas essas iniciativas deram sentido a que empreendêssemos a instalação da futura Universidade, para cujo êxito contamos com o desempenho simplesmente extraordinário do jovem Jamil Mattar de Oliveira, de Everardo Passos e de Azevedo Castro.

Movimento também de significativa expressão foi o produzido por um homem simples, mas dotado de grande sensibilidade artística e pronunciados pendores para a ciência, que foi a lendária figura do Comendador Remo Cezaroni, em cuja companhia durante 30 anos proporcionamos à juventude, aos estudiosos da Cidade, da região, do Estado e do País os conhecimentos fundamentais da Astronomia.

O Observatório “Galileo Galilei” tornou São José conhecida em toda parte, por efeito de suas observações, difundidas sobre as pesquisas ali realizadas no espectro solar, em jornal dirigido pelo mesmo idealizador da Academia, Joaquim Bevilacqua. Na expressão da imprensa, era o mais bem montado como iniciativa particular em toda a América.

Esta Academia, por sua natureza, será a coroa da Administração do Governo Bevilacqua. Será o templo onde a juventude irá prestar o seu culto e abençoar o nome do seu criador e de todos os que o acompanharam, na consolidação deste ideal, que se não é o mais importante, pelo menos será o mais sublime, por se situar no plano do espírito.

Neste caminhar perene não poderemos olvidar uma personalidade já imortal nas letras brasileiras – refiro-me ao Professor Doutor Francisco Silveira Bueno, que durante todo esse tempo de preocupação cultural vem acompanhando a Cidade, o seu povo, as classes cultas com o seu sentimento profundamente brasileiro, isto pelo espaço de uns 40 anos consecutivos.

Esta noite será para Silveira Bueno uma grande vitória, por saber que a Academia existe para a defesa da língua e da literatura.

Silveira Bueno consagrou a sua vida à cultura do mais belo idioma, que nasceu na superfície inquietante dos mares de todo o mundo, sendo por isso mesmo, de todos os falares, o que mais se presta à pintura dos oceanos, cujo maior arista é o eterno Camões.

Agradecendo, desejo, ao concluir esta alocução, expressar o nosso reconhecimento a todos aqueles que de qualquer forma colaboraram para a concretização de um feito do maior valor moral e espiritual para o homem patriota e humano.

Ao Doutor Oswaldo Martins Toledo, que tanto se empenhou para o bom êxito desta causa, como um intelectual e artista, consígno aqui os agradecimentos muito sinceros, como também aos doutores José Lo´Ré, essa figura de homem simples porém dotada de enriquecido espírito na implantação de um Centro de Cultura e de reverência às Artes, nas suas primorosas amplitudes, e Luiz Roberto Calvo, que revelou com raro brilho e disposição cívica no desempenho de sua participação ativa, na qualidade de secretário das reuniões preparatórias da fundação da Academia e os preclaros Secretários e Diretores, doutores Luiz Carlos Pêgas, Salim Saab e Mário Eugênio Coltro, pela beleza de seu entusiasmo revelado no processo vitorioso desta causa de grandeza cultural para São José dos Campos.

De igual forma, não poderia olvidar a gentil disposição dos ilustres redatores do Estatuto e do Regimento Interno da Academia: o eminente Magistrado Silvio Marques Neto, advogado Hélio Pinto Ferreira e o professor Francisco Pereira da Silva, que faleceu no fim do trabalho, pelo que deixamos aqui nossa gratidão e saudade.

Finalmente, todo este esforço despendido ao longo de tantos anos, de que participaram inteligências brilhantes e de nomeada nacional, ultima, nesta noite memorável, com a instalação da ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS, nascida da alma entusiasta do jovem e dinâmico Prefeito de São José dos Campos – Doutor Joaquim Vicente Ferreira Bevilacqua.”

MANIFESTAÇÕES DE APOIO À FUNDAÇÃO DA ACADEMIA

A fundação da Academia Joseense de Letras, além do manifesto apoio do Poder Executivo Municipal, teve o apoio do Poder Legislativo Municipal através do Requerimento nº 1532, de autoria do vereador Cyrillo Paes, aprovado em Sessão Plenária da Câmara Municipal no dia 27 de outubro de 1981 e através do Requerimento 1559, de autoria do vereador Macedo Bastos, aprovado em Sessão Plenária da Câmara Municipal no dia 3 de novembro de 1981. Os documentos foram enviados através de ofícios assinados pelo presidente da Câmara Municipal de São José dos Campos, vereador José Luiz de Almeida.No Plenário da Câmara Federal, o deputado federal José de Castro Coimbra, em discurso publicado no Diário do Congresso Nacional nº 160 de 5 de dezembro de 1981 no qual diz, entre outros: “São José dos Campos viveu há poucos dias um dos seus grandes esplendores culturais. Cidade cosmopolita, com um aspecto de Metrópole em marcha sorridente e festiva pelo futuro adentro. A Academia Joseense de Letras era o sonho doirado dos intelectuais da terra e de tantas figuras notáveis que por ali passaram, deixando impressões indeléveis na alma da obreira comunidade, as suas marcas espirituais, que acumuladas na fluência do tempo deram causa ao surgimento do belíssimo templo da cultura das nossas tradições e defesa desse monumental idioma, que nos serve de instrumento de comunicação entre o passado histórico e a grandeza do presente. Compõe a Academia a nata intelectual da cidade, toda ela participante de atividades ligadas ao mundo da inteligência, do espírito, das artes, da ciência, das esferas do ensino superior, sempre preocupada com o polimento moral e cultural da mocidade.”

17/12/1981 – DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

No dia 17/12/1981, pela Lei Nº 2553/81, “O Prefeito Municipal de São José dos Campos, faz saber que a Câmara Municipal aprova e ele sanciona e promulga a seguinte Lei: Artigo 1º - Fica declarada de utilidade pública a entidade ‘ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS,’ com sede e foro em São José dos Campos. Artigo 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Prefeitura Municipal de São José dos Campos, 17 de dezembro de 1981. (a) Joaquim Bevilacqua – Prefeito Municipal; Luiz Carlos Pêgas – Secretaria de Assuntos Internos e Jurídicos; Pedro Rodrigues da Costa Dória – Secretaria do Governo; Fortunato Júnior – Setor de Formalização de Atos.”

ACIDENTE DE PERCURSO

Em 1986 falece o presidente da Academia Joseense de Letras, o professor Domingos de Macedo Custódio. Por delegação dos demais membros da Academia, o acadêmico Jair Leite foi incumbido de buscar soluções decorrentes da vacância do cargo, assim como para a continuidade das atividades e para o preenchimento das vagas ainda existentes. Ele não teve sucesso em suas tratativas.

Pouco tempo depois as atividades estariam paralisadas e se iniciava um hiato que se estenderia até 2010.

A REATIVAÇÃO DA ACADEMIA

Tudo recomeçou durante a Solenidade de Entrega das Medalhas do Mérito Educacional Professor Everardo de Miranda Passos na Câmara Municipal de São José dos Campos, em 2.005, uma iniciativa do Clube de Joseenses e Amigos.

Entre os homenageados estava o professor Francisco de Assis Rímoli, que comentou com o vereador Walter Hayashi que havia lhe entregue uma das medalhas da homenagem, sobre a possibilidade de reativação da Academia, inativa desde 1986.

Iniciava-se ali o processo de reativação da Academia Joseense de Letras.

Ao mesmo tempo, os acadêmicos Mário Ottoboni e Silvio Marques Neto também manifestavam seu desejo e se movimentavam para ver a Academia Joseense de Letras ativa, novamente.

O vereador Walter Hayashi, num trabalho conjunto com Paulo Locatelli, presidente do Clube de Joseenses e Amigos e com o ex-vereador Luiz Paulo Costa, levantou a documentação existente no 1º Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica. As reuniões de preparo foram realizadas no Clube de Joseenses e Amigos e contou também com o apoio de Silvio Marques Neto e Mário Ottoboni, remanescentes da Academia fundada em 1.980. Em seguida os trabalhos foram levados, por recomendação do vereador Walter Hayashi, à Fundação Cultural Cassiano Ricardo, sob a presidência de Mário Domingos de Moraes, em cujas instalações as reuniões de preparo passaram a acontecer. Ao grupo vieram se juntar Francisco de Assis Rímoli, Dyrce Araújo, Zenilda Lua, Edmundo de Carvalho e o Assessor Jurídico da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, doutor Luiz Wagner Outeiro Hernandes. O jornalista Júlio Ottoboni, que seria o curador da 44ª Semana Cassiano Ricardo, a ser realizada entre 25 e 31 de outubro de 2010, tomou a frente dos trabalhos de composição do quadro de acadêmicos da Academia, buscando seus nomes no meio literário e social de São José dos Campos.

A POSSE SOLENE DOS MEMBROS EFETIVOS NATOS

Às 20h do dia 25 de outubro de 2010, no Espaço Cultural Cine Santana, localizado à Avenida Rui Barbosa, 2005, em Santana, aconteceu a Solenidade de Posse dos Acadêmicos da Academia Joseense de Letras.

Foram empossados:

Alberto Simões / Augusto Dias / Braga Barros / Christina Hernandes / Daniel Pedrosa / Dyrce Araújo / Edmundo de Carvalho / Luiz Paulo Costa / Marco Antônio Vitti / Mário Ottoboni / Mário Domingos de Moraes (presidente de honra) / Myrthes Mazza Masiero / Ozires Silva (por representante) / Paulo Barja (por representante) / Reinaldo Rodrigues / Rita Elisa Seda / Suely Souza Lima / Silvio Marques Neto (por representante).

25/10/2010 – Solenidade de Reativação e Posse da Academia Joseense de Letras – Centro Cultural Santana – Santana – São José dos Campos

Atrás (da esquerda para a direita) – representante – Reinaldo Rodrigues de Sá – Edmundo de Carvalho – Suely de Souza Lima – Wilson Roberto de Carvalho de Almeida – Christina Hernandes – Alberto Simões – representante – Daniel Pedrosa – Rita Elisa Seda.

Na frente: Mário Domingos de Moraes – Mário Ottoboni – Marco Antônio Vitti – Braga Barros – Zenilda Lua – Myrthes Mazza Masiero – Luiz Paulo Costa – Augusto Dias – Dyrce Araújo – representante.

A ESCOLHA DAS CADEIRAS E DOS PATRONOS

O número de cada cadeira foi determinado por sorteio em assembleia realizada no decorrer de 2011. Em outra assembleia, cada acadêmico apresentou o patrono definitivo

Os 20 membros efetivos natos, ocupantes das 20 cadeiras previstas:

Cadeira 01 - Mário Domingos de Moraes (presidente de honra)*

- patrono: Cassiano Ricardo

Cadeira 02 - Mário Ottoboni (advogado e escritor)

- patrono: Paulo Setúbal

Cadeira 03 - Silvio Marques Neto (desembargador aposentado e escritor)

- patrono: José Frederico Marques

Cadeira 04 - Luiz Paulo Costa (jornalista e escritor)

- patrono: Francisco Pereira da Silva

Cadeira 05 - Suely Souza Lima (pedagoga, psicoterapeuta e escritora)

- patrona: Cora Coralina

Cadeira 06 - Edmundo de Carvalho (engenheiro e escritor)

- patrono: Mário de Andrade

Cadeira 07 - Christina Hernandes ( assistente social e escritora)

- patrono: Monteiro Lobato

Cadeira 08 - Dyrce Araújo (educadora, poeta e escritora)

- patrona: Hilda Hilst

Cadeira 09 - Myrthes Mazza Masiero (pedagoga, poeta e escritora)

- patrono: Péricles Eugênio da Silva Ramos

Cadeira 10 - Braga Barros ( pedagogo e escritor)

- patrono: Manoel de Barros

Cadeira 11 - Ozires Silva (engenheiro aeronáutico, professor e escritor)

- patrono: Santos Dumont

Cadeira 12 - Wilson Roberto de Carvalho de Almeida (professor, poeta e escritor)

- patrono: Vinicius de Moraes

Cadeira 13 - Zenilda Lua (assistente social e escritora)

- patrono: Manuel Bandeira

Cadeira 14 - Augusto Dias (professor, jornalista, advogado e escritor)

- patrono: Joaquim Nabuco

Cadeira 15 - Alberto Simões (professor, jornalista, radialista e escritor)

- patrono: Mário Filho

Cadeira 16 - Paulo Roxo Barja (professor, músico e escritor)

- patrono: Leandro Gomes de Barros

Cadeira 17 - Marco Antônio Vitti (psiquiatra e escritor)

- patrono: Antônio Carlos Jobim

Cadeira 18 - Rita Elisa Seda (fotógrafa, jornalista, poeta e escritora)

- patrona: Ruth Guimarães

Cadeira 19 - Reinaldo Rodrigues (jornalista, professor e escritor)

- patrono: Solano Trindade

Cadeira 20 - Daniel Pedrosa (engenheiro, compositor musical e escritor)

- patrono: Moacyr Scliar

O poeta Cassiano Ricardo, Patrono da Academia Joseense de Letras e Patrono da Cadeira 1.

*A denominação “presidente de honra,” dada ao presidente da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, seria alterada para “membro honorário” – sem ocupar cadeira - em conformidade com o Estatuto e a cadeira 1 foi, posteriormente, declarada vaga e preenchida com o nome de um membro efetivo eleito em assembleia realizada em 2012.

A PRIMEIRA SEDE PROVISÓRIA

A primeira Assembleia Geral Ordinária da Academia Joseense de Letras foi realizada no mês de novembro de 2010.

A sede provisória seria a Sala de Reuniões da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, nas antigas instalações da Tecelagem Parahyba, e a renascente Academia, que lá permaneceu até dezembro de 2012, contou com o apoio jurídico e logístico do doutor Luiz Wagner Outeiro Hernandes, Diretor Jurídico da Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

A primeira diretoria da Academia foi eleita para o biênio 2011/ 2012:

Presidente - Edmundo de Carvalho (cadeira 6)
Diretor Administrativo - Daniel Pedrosa (cadeira 20)
Diretor Cultural - Dyrce Araújo (cadeira 8)


A SEGUNDA SEDE PROVISÓRIA

A primeira Assembleia Geral Ordinária da Academia Joseense de Letras foi realizada no mês de novembro de 2010.

A sede provisória seria a Sala de Reuniões da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, nas antigas instalações da Tecelagem Parahyba, e a renascente Academia, que lá permaneceu até dezembro de 2012, contou com o apoio jurídico e logístico do doutor Luiz Wagner Outeiro Hernandes, Diretor Jurídico da Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

A diretoria para o biênio 2013/2014 foi eleita com:

Presidente - Wilson Roberto de Carvalho de Almeida (cadeira 12)
Diretor Administrativo - Augusto Dias (cadeira 14)
Diretor Cultural - Christina Hernandes (cadeira 7)


Como sua primeira medida, a nova diretoria decidiu mudar-se em janeiro de 2013 e passou a realizar suas assembleias em um dos auditórios da APVE – Associação dos Pioneiros e Veteranos da Embraer, localizada na Rua Cândido Marciano Leite, 88 – Vila Bethânia, onde permaneceria até o mês de maio de 2014.

Após as assembleias, a Academia, em parceria com a APVE, promovia saraus dançantes.

A TERCEIRA SEDE PROVISÓRIA

Na Assembleia do mês de junho de 2014, decidiu-se pela mudança da sede provisória para o auditório do Laboratório Oswaldo Cruz, onde também se instalou o acervo da Academia, em sala própria, na Praça Cândida Maria César Sawaya Giana, 128 – Jardim Nova América – São José dos Campos.

O ESTATUTO

O Estatuto, salvaguarda maior dos princípios preconizados e que norteiam os objetivos pelos quais a Academia foi fundada, teve seu formato organizado pelo doutor Luiz Wagner Outeiro Hernandes, Diretor do Departamento Jurídico da Fundação Cultural. com a colaboração do jornalista Júlio Ottoboni, curador da 44ª Semana Cassiano Ricardo, realizada em outubro de 2010.

No decorrer das atividades da Academia, fizeram-se necessárias adequações em função de experiências vividas e de orientações ditadas pelo 1º Oficial de Registro Civil de Pessoa Jurídica de São José dos Campos - SP e adaptação às disposições do Código Civil Brasileiro instituído pela Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002.

Participaram desse processo os acadêmicos Wilson Roberto de Carvalho de Almeida (cadeira 12), presidente da Academia; Augusto Dias (cadeira 14), diretor administrativo e Rodrigo Cabrera (cadeira 21), acadêmico, sendo os dois últimos também na condição de advogados.

Dos trabalhos de finalização e registro final, participou também o acadêmico Héctor Enrique Giana (cadeira 27), presidente do biênio 2016/2018.

O Estatuto foi protocolizado em Pessoa Jurídica sob o nº 43.808 em 3/2/2016, registrado em microfilme sob o nº 31.257 em 12/2/2016 e averbado sob o nº AV.02-25939-PJ, no 1º Oficial de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica – São José dos Campos.

No Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ - a Academia recebeu o nº 18.776.165/0001-15 em 9/8/2013, como associação privada, com atividades de organização associativa ligada à cultura e à arte.

17/3/2014 - CERIMÔNIA DE POSSE DE NOVOS ACADÊMICOS

Devido a alterações estatutárias, à saída de acadêmicos e à necessidade de se aumentar a força de trabalho operacional e literária, a Assembleia decidiu aumentar o número de imortais de 20 para 30.

Em 2013 a Academia tinha a seguinte constituição:

Cadeira 01 - Júlio Ottoboni

Cadeira 02 - Mário Ottoboni

Cadeira 03 - Silvio Marques Neto

Cadeira 04 - Luiz Paulo Costa

Cadeira 05 - Suely Souza Lima

Cadeira 06 - Edmundo de Carvalho

Cadeira 07 - Christina Hernandes

Cadeira 08 - Dyrce Araújo

Cadeira 09 - Myrthes Mazza Masiero

Cadeira 10 - Braga Barros

Cadeira 11 - Ozires Silva

Cadeira 12 - Wilson Roberto de Carvalho de Almeida

Cadeira 13 - vaga* (a acadêmica Zenilda Lua demitiu-se)

Cadeira 14 - Augusto Dias

Cadeira 15 - Alberto Simões

Cadeira 16 - Paulo Roxo Barja

Cadeira 17 - Marco Antônio Vitti

Cadeira 18 - Rita Elisa Seda

Cadeira 19 - Reinaldo Rodrigues

Cadeira 20 - Daniel Pedrosa

Em Cerimônia de Posse de Novos Acadêmicos realizada na Câmara Municipal de São José dos Campos em 17/3/2014, foram empossados:

Cadeira 21 - Rodrigo Cabrera Gonzales

- Patrono: Nelson Rodrigues

Cadeira 22 - Neide Pereira Pinto

- Patrona: Francisca Júlia

Cadeira 23 - Leandro Reis

- Patrono: Marcos Rey

Cadeira 24 - Daniella Peneluppi

- Patrona: Clarice Lispector

Cadeira 25 - Juliana Velonessi

- Patrona: Rute Rocha

Cadeira 26 - Stefânia Andrade

- Patrono: Pedro Bandeira

Cadeira 27 - Héctor Enrique Giana

- Patrono: Huberto Rodhen

Ao final, após o discurso de cada acadêmico, o presidente fez o investimento na posse:
“Eu, Wilson Roberto de Carvalho de Almeida, presidente, em pleno exercício de minhas atribuições, os declaro empossados como membros efetivos da Academia Joseense de Letras.”
Na mesma Cerimônia, recebeu seu Diploma de Primeiro Presidente da Academia Joseense de Letras – in memoriam – o professor Domingos de Macedo Custódio, representado por sua neta, Priscila Vidal.
Também foram homenageados com o laurel PATRIMÔNIO HUMANO:
Paulo Locatelli, presidente do Clube de Joseenses e Amigos, que apoiou a reativação da Academia Joseense de Letras.
Vereador Walter Hayashi, criador da Bienal do Livro e que ajudou no processo de reativação da Academia Joseense de Letras.
Os novos acadêmicos foram homenageados com o canto lírico de Jorge Zarur Júnior e com a pianista Clara Zarur.
As bandeiras oficiais hasteadas foram guardadas pelos atiradores do Tiro de Guerra de São José dos Campos.

18/5/2015 – NOVOS ACADÊMICOS TOMAM POSSE

Para completar o número de 30 imortais, conforme determinado pelo Estatuto, 4 novos escritores foram empossados em Cerimônia Solene realizada na Câmara Municipal em 18/5/2015:

Cadeira 13 - Amilton Maciel Monteiro

- Patrono: Manuel Bandeira

* cadeira anteriormente ocupada por Zenilda Lua

Cadeira 28 - Maria Domitilla de Jesus Hóstia

- patrona: Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico

Cadeira 29 - Mirian Menezes

- Patrono: Machado de Assis

Cadeira 30 - Sandro Cuesta

- Patrono: Arnaldo Antunes

Ao final, o presidente da Academia Joseense de Letras, Wilson Roberto de Carvalho de Almeida, fez o investimento na posse:

“Eu, Wilson Roberto de Carvalho de Almeida, presidente em pleno exercício de minhas atribuições, os declaro empossados como membros efetivos da Academia Joseense de Letras.”

18/5/2015 – Atrás (da esquerda para a direita) Luiz Paulo Costa – Suely Souza Lima- Myrhes Mazza Masiero – Rita Elisa Seda – Daniel Pedrosa – Rodrigo Cabrera Gonzales – Neide Pereira Pinto – Christina Hernandes – Augusto Dias.

Na frente: Leandro Reis – Daniella Peneluppi – Stefânia Andrade – Amilton Maciel Monteiro – Maria Donitilla de Jesus Hóstia – Miriam Menezes – Sandro Cuesta – Wilson Roberto de Carvalho de Almeida – Héctor Enrique Giana

A Academia entregou o laurel PATRIMÔNIO HUMANO para:
Professora Maria de Fátima Manfredini, ex-secretária de educação, ex-presidente da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e Coordenadora de Cultura da Universidade do Vale do Paraiba;
Engenheiro Vitor Chuster, ex-Diretor do Patrimônio Histórico da Fundação Cultural, ex-Presidente do Conselho Deliberativo do Clube de Campo Santa Rita e autor do livro “São José dos Micuins.”
Os acadêmicos empossados foram homenageados com o canto lírico de Jorge Zarur Júnior e com a pianista Clara Zarur.
Houve cerimônia de troca da guarda das bandeiras pelos atiradores do Tiro de Guerra de São José dos Campos.

5/3/2015 – CERIMÔNIA DE INAUGURAÇÃO DA SEDE

No dia 5 de março de 2015, na sede provisória da Academia Joseense de Letras, à Praça Cândida Maria César Sawaya Giana, 128 Jardim Nova América – São José dos Campos, local cedido pelo Laboratório Oswaldo Cruz, foi inaugurada a sala principal com identificação, móveis, logotipo e fotos antigas e atuais.

Atrás: Rodrigo Cabrera – Sandro Cuesta – Leandro Reis – Héctor Enrique Giana – Wilson Roberto de Carvalho de Almeida – Daniel Pedrosa – Amilton Maciel Monteiro – Augusto Dias.

Na frente: Christina Hernandes – Myrthes Mazza Masiero – Suely Souza Lima – Neide Pereira Pinto – Miriam Menezes.

O presidente Héctor Enrique Giana dirigiu-se à Assembleia e aos convidados, manifestando a importância do momento.
O cerimonial foi conduzido pelo acadêmico Augusto Dias.
Houve coquetel, oferecido pelo Laboratório Oswaldo Cruz, após a Cerimônia.

07/07/2016 – POSSE SOLENE DA DIRETORIA BIÊNIO 2016/2018

Em solenidade realizada no dia 7/7/2016, na Sede da Academia Joseense de Letras, na Praça Cândida Maria César Sawaya Giana, 128 – Jardim Nova América, foi empossada a diretoria eleita para o biênio 2016/2018:

Presidente - Héctor Enrique Giana (cadeira 27)
Diretor Administrativo - Augusto Dias (cadeira 14)
Diretor Cultural - Rodrigo Cabrera (cadeira 21)

A cerimônia de posse foi conduzida pelo acadêmico Augusto Dias.
Houve coquetel, oferecido pelo Laboratório Oswaldo Cruz, após a cerimônia.

06/07/2017 – ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Diplomação do Acadêmico Honorário Dr. Aldo Zonzini Filho.
Posse da Diretora Cultural Christina Hernandes.

Apresentação dos novos Acadêmicos:
Cadeira 01: Francisco de Assis Rímoli
Cadeira 15: Sila Antunes
Cadeira 17: Sandra Guimarães
Cadeira 18: Alcimar Alves de Souza Lima

06/07/2017 – DIRETORIA EXECUTIVA BIÊNIO 2016/2018

Em votação por aclamação realizada no dia 01/06/2017, na Sede da Academia Joseense de Letras, na Praça Cândida Maria César Sawaya Giana, 128 – Jardim Nova América, foi eleito o novo Diretor Cultural para o biênio 2016/2018, ficando a Diretoria Executiva constituída pelos acadêmicos:

Presidente - Héctor Enrique Giana (cadeira 27)
Diretor Administrativo - Augusto Dias (cadeira 14)
Diretora Cultural - Christina Hernandes (cadeira 07)

06/07/2017 – COMPOSIÇÃO DA ACADEMIA JOSEENSE DE LETRAS

Cadeira 01 - Francisco de Assis Rímoli

- Patrono: Cassiano Ricardo

Cadeira 02 - Mário Ottoboni

- Patrono: Paulo Setúbal

Cadeira 03 - Silvio Marques Neto

- Patrono: José Frederico Marques

Cadeira 04 - Luiz Paulo Costa

- Patrono: Francisco Pereira da Silva

Cadeira 05 - Suely Souza Lima

- Patrona: Cora Coralina

Cadeira 06 - Edmundo de Carvalho

- Patrono: Mário de Andrade

Cadeira 07 - Christina Hernandes

- Patrono: Monteiro Lobato

Cadeira 08 - Dyrce Araújo

- Patrono: Hilda Hilst

Cadeira 09 - Myrthes Mazza Masiero

- Patrono: Péricles Eugênio S. Ramos

Cadeira 10 - Braga Barros

- Patrono: Manoel de Barros

Cadeira 11 - Ozires Silva

- Patrono: Alberto Santos Dumont

Cadeira 12 - Wilson Roberto de Carvalho de Almeida

- Patrono: Vinicius de Moraes

Cadeira 13 - Amilton Maciel Monteiro

- Patrono: Manuel Bandeira

Cadeira 14 - Augusto Dias

- Patrono: Joaquim Nabuco

Cadeira 1 5 - Sila Antunes

- Patrono: Mário Filho

Cadeira 16 - Paulo Roxo Barja

- Patrono: Leandro Gomes de Barros

Cadeira 17 - Sandra Guimarães

- Patrono: Antonio Carlos Jobim

Cadeira 18 - Alcimar Alves de Souza Lima

- Patrono: Ruth Guimarães

Cadeira 19 - Reinaldo Rodrigues de Sá

- Patrono: Solano Trindade

Cadeira 20 - Daniel Pedrosa

- Patrono: Moacyr Scliar

Cadeira 21 - Rodrigo Cabrera Gonzales

- Patrono: Nelson Rodrigues

Cadeira 22 - Neide Pereira Pinto

- Patrona: Francisca Júlia

Cadeira 23 - Leandro Reis

- Patrono: Marcos Rey

Cadeira 24 - Daniela Peneluppi

- Patrona: Clarice Lispector

Cadeira 25 - vaga (a acadêmica Juliana Velonessi demitiu-se)

- Patrona: Ruth Rocha

Cadeira 26 - Stefânia Andrade

- Patrono: Manoel Bandeira

Cadeira 27 - Héctor Enrique Giana

- Patrono: Huberto Rodhen

Cadeira 28 - Maria Domitilla de Jesus Hóstia

- Patrona: Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico

Cadeira 29 - Miriam Menezes

- Patrono: Machado de Assis

Cadeira 30 - Sandro Cuesta

- Patrono: Arnaldo Antunes